Análises de gerações baseadas somente no período de nascimento são simplistas, superficiais e, o mais importante, erradas — e acabam ativando viéses de confirmação sobre bolhas arbitrariamente selecionadas por uma dinâmica que Foucault chamou de “saber-poder”.
Essa é apenas uma das conclusões que se tira da apresentação da Inesplorato a que assisti ontem (4/9/2019), em comemoração aos 10 anos da empresa, já uma das melhores que vi este ano.
Finalmente alguém teve a coragem e a fundamentação acadêmica para colocar em cheque ideias equivocadamente universalizadas – mas vendedoras de muitos livros e palestras – como “babyboomers”, “geração X”, “millennials” e afins.
A boa notícia: há um jeito bem menos tosco (e relativamente simples) de dividir e analisar “unidades geracionais” – que não são a mesma coisa que “gerações”.
Enfim: OMEDETOU, Patricia Chmielewski, Tulio Custodio e todos os envolvidos — e obrigado pela aula.
Aos profissionais de negócios, marketing, comunicação e afins, fica minha sugestão: conheçam o quanto antes esse estudo, pois ele certamente vai colocar em cheque vários de seus critérios de segmentação de público, de planejamento de mídia e de otras cositas más.